Cerca de 60% dos sobreviventes de cancro infantil têm um histórico de exposição à antraciclina, um tipo de quimioterapia usada no tratamento de vários tipos de cancro infantil.
Ao longo do tempo, vários estudos têm mostrado uma forte associação dose-dependente com exposição à antraciclina e cardiomiopatia, uma doença do músculo cardíaco que torna mais difícil para o coração bombear sangue para o resto do corpo.
A cardiomiopatia pode levar a episódios de insuficiência cardíaca.
Num artigo publicado no Journal of Clinical Oncology, investigadores da Universidade do Alabama, nos Estados Unidos, descobriram uma associação entre a variante genética ROBO2 e um risco aumentado de desenvolver cardiomiopatia relacionada à antraciclina.
“Identificámos duas variações genéticas no gene ROBO2 que demonstraram um efeito significativo de interação gene-antraciclina”, disse Smita Bhatia, um dos autores do estudo.
Segundo a investigação, indivíduos com essas variações tinham um risco entre duas a oito vezes maior de desenvolver cardiomiopatia ou insuficiência cardíaca”.
Tendo em conta as descobertas, os cientistas planeiam agora iniciar um nova investigação de forma a encontrar formas de minimizar ou suprimir estes riscos.
Fonte: University of Alabama