Foram atribuídas duas Bolsas de Investigação Médica da Liga Portuguesa Contra o Cancro / Lions Portugal – Cancro Infantil 2024 a projetos dedicados ao cancro cerebral pediátrico, principal causa de morte por doença em crianças e adolescentes entre um e 19 anos. Cada projeto irá receber um apoio de 15 mil euros.
A decisão de premiar duas investigações — em vez de uma, como inicialmente previsto — foi justificada pela elevada qualidade das candidaturas apresentadas. A entrega das bolsas acontece no sábado, 26 de julho, no Hotel Vila Batalha, no distrito de Leiria.
Um dos projetos distinguidos é “CancerCareTech: Plataforma Integrada de Monitorização do Processo de Reabilitação de Crianças com Cancro Cerebral”, da investigadora Cláudia Quaresma, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade NOVA de Lisboa. O objetivo é apoiar a recuperação motora das crianças após o tratamento oncológico, minimizando as sequelas provocadas pela doença e pelos tratamentos.
O outro projeto premiado é liderado por Joana Peixoto, investigadora no Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) e no Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (Ipatimup). Intitulado “Teste de Fármacos em Larga Escala para Medicina de Precisão em Organoides de Tumores Cerebrais Pediátricos”, propõe testar, em laboratório, diferentes medicamentos em organoides — pequenos modelos biológicos derivados de tumores — com o objetivo de identificar novas opções terapêuticas.
“É com enorme orgulho que distinguimos dois projetos de excelência, que representam uma esperança para um problema tão sensível e preocupante como o cancro pediátrico”, afirmou Vítor Veloso, presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro, em comunicado.
Esta atribuição anual resulta de uma parceria entre a Liga Portuguesa Contra o Cancro e o Lions Portugal, com o objetivo de apoiar a produção científica na área da oncologia pediátrica. Estima-se que, em Portugal, cerca de 400 crianças e adolescentes sejam diagnosticados com cancro por ano — uma realidade que exige apoio multidisciplinar às famílias, incluindo acompanhamento material, psicológico e jurídico, disponibilizado por instituições como a Liga.
Fonte: Jornal Económico