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Vietname implanta pela primeira vez um fémur em 3D numa criança com cancro ósseo

Uma equipa do Hospital Internacional Vinmec Times City (Vietname) realizou, pela primeira vez, a substituição total do fémur de uma criança com um implante impresso em 3D, feito à medida. A intervenção inédita devolveu mobilidade a um rapaz de oito anos com osteossarcoma e representa um marco na cirurgia ortopédica pediátrica.

Implante inédito e desenvolvido no país

A substituição total do fémur em crianças é extremamente rara, sobretudo por não existirem implantes comerciais adaptáveis ao crescimento. Este foi totalmente desenvolvido no Vietname, pelas equipas do hospital e da Universidade VinUni, e projetado com base na anatomia da criança e na previsão do seu desenvolvimento físico.

O processo incluiu duas cirurgias: uma primeira, em janeiro de 2024, para remoção do tumor e colocação de um enxerto temporário; e uma segunda, em maio de 2025, para implantar a prótese definitiva, feita de titânio, modular e ajustável.

Solução personalizada para preservar o membro

Perante a proposta inicial de amputação, a mãe do menino recusou essa opção, o que motivou a equipa clínica e técnica a procurar uma solução inovadora e personalizada. A prótese foi produzida localmente, sem recurso a fabricantes internacionais, garantindo maior rapidez, menor custo e sustentabilidade do processo.

O implante 3D foi o resultado da colaboração entre cirurgiões, engenheiros biomédicos, radiologistas e oncologistas pediátricos.

Implicações futuras na saúde pediátrica

A impressão 3D aplicada à saúde permite criar próteses sob medida, reduzindo desperdício, custos e dependência de soluções importadas. Este avanço reforça a autonomia médica do país e posiciona o Vietname entre os protagonistas do avanço tecnológico em oncologia pediátrica na Ásia.

Segundo a Metatech Insights, o mercado da impressão 3D na área da saúde na região Ásia-Pacífico deverá crescer de 1,04 mil milhões de dólares em 2025 para 6,7 mil milhões em 2035.

Este caso mostra como a combinação de engenharia, visão clínica e produção local pode oferecer alternativas mais humanas e eficazes às crianças com cancro ósseo. Hoje, o menino caminha com uma prótese feita especialmente para ele — no seu próprio país.

FONTE: PPLWARE

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