A American Endocrine Society publicou novas diretrizes que aconselham os profissionais de saúde sobre como diagnosticar e tratar os distúrbios endócrinos que afetam uma parcela significativa dos sobreviventes de cancro infantil nos Estados Unidos.
A diretriz foi publicada no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism.
Dados recentes mostram que quase 50% dos sobreviventes de cancro infantil poderão desenvolver um distúrbio endócrino durante a sua vida. A diretriz fornece recomendações sobre como diagnosticar e gerenciar certos distúrbios endócrinos e de crescimento comummente encontrados nesses sobreviventes.
O cancro infantil é relativamente raro e, devido às melhorias no tratamento e no atendimento aos pacientes, as taxas atuais de sobrevivência são superiores a 80%.
Estima-se que até 2020, haverá meio milhão de sobreviventes só nos Estados Unidos.
Mas estes sobreviventes enfrentam um risco maior de desenvolver complicações médicas graves, mesmo décadas após o término do tratamento oncológico. Distúrbios endócrinos são especialmente prevalentes nesta população, geralmente como resultado de tratamentos anteriores, particularmente pela exposição à radioterapia.
“Os sobreviventes de cancro infantil têm um risco grande de desenvolver distúrbios endócrinos, e por isso, as nossas novas diretrizes abordam o crescente risco de distúrbios endócrinos entre esses mesmos sobreviventes, sugerindo melhores práticas para o tratamento de distúrbios hipofisários e de crescimento comummente encontrados nesta população. As diretrizes enfatizam a importância da triagem nesses sobreviventes para a deteção precoce e para o tratamento ideal do paciente”, disseram os investigadores.
As recomendações incluem a triagem de longo prazo de sobreviventes de cancro infantil que foram submetidos à terapia de radiação cerebral; esta população deve ser examinada quanto a distúrbios do crescimento, deficiências hormonais hipofisárias e puberdade precoce.
Se uma dessas condições for diagnosticada, na maioria dos casos, os médicos devem tratar esses sobreviventes com as mesmas abordagens utilizadas noutros pacientes que desenvolvem condições endócrinas.