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Descoberta sobre origem das células estaminais sanguíneas pode contribuir para tratar tumores do sangue

Cientistas da Universidade de Coimbra dizem ter descoberto as células precursoras que dão origem às células estaminais do sangue (CES) no desenvolvimento embrionário e de que forma estas podem dar origem a todos os tipos celulares sanguíneos. As descobertas podem, no futuro, ter implicações no tratamento de diversas doenças do sangue, como as leucemias.
A equipa do Centro de Neurociências e Biologia Celular daquela universidade lembra que a obtenção de CES compatíveis com as características de cada pessoa é crucial na transplantação celular em casos de tumores do sangue, por isso considera que a sua pesquisa contribui para o desenvolvimento da medicina regenerativa nesta área.
O estudo publicado na revista Developmental Cell identificou as células precursoras das CES em ratinhos através de ‘marcadores’ que “permitem mapear e descrever o seu comportamento. A descoberta procura dar resposta a um desafio de longa data da hematologia, ramo científico que estuda o sangue”, explica Filipe Pereira, coordenador do estudo do CNC.
O grupo do CNC desenvolveu ainda um método de maturação que permite atribuir às células precursoras as propriedades das CES: autorrenovação e multipotencialidade, dando origem a todos os tipos celulares sanguíneos.
“Os resultados obtidos podem levar ao desenvolvimento de métodos mais eficazes para aumentar as CES do cordão umbilical e da medula óssea, de modo a que as transplantações tenham mais sucesso. Adicionalmente, o nosso estudo fornece informação preciosa para melhorar a `criação´ de CES a partir de fontes alternativas como as células da pele ou células estaminais embrionárias”, indica ainda o investigador.
O estudo contou com a colaboração da Escola de Medicina Ichan de Mount Sinai, nos Estados Unidos, e com o Instituto de Medicina Weatherall da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e beneficiou de apoios do Instituto Nacional de Saúde norte-americano.
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